sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Avarento

Peça: O Avarento
Autor: O Grupo, a partir da obra de Molière
Direção: Gilberto Fonseca
Grupo: Farsa
Cidade: Porto Alegre – RS
Local: Cine-Teatro Ópera – auditório A
Data e horário: 04/11 - 20h30
Duração: 95 minutos
Classificação: livre



O Avarento, peça de estreia do 38º Festival Nacional do Teatro (Fenata), de Ponta Grossa, foi marcada pelo riso constante. Eram raros os momentos em que o público não ria com os gracejos dos personagens. Estrelinhas douradas para as atuações do pai avarento e do mordomo/copeiro/cozinheiro. As músicas cantadas pelos próprios atores, que lembravam um musical, serviram mais para o riso do que para completar algo. Não que isso seja um ponto negativo.

Quem estava no final do Cine-Teatro Ópera conseguiu escutar claramente o que os atores falavam, demonstrando um conforto da trupe com locais de apresentação grandes. Outro ponto positivo para o figurino, operacional e bem descritivo. Mais uma vez, o figurino do pai avarento e do mordomo/ copeiro/ cozinheiro chamou a atenção.


Entretanto, dois aspectos não foram bem utilizados. Parecem que esqueceram que a iluminação é questão fundamental para uma peça de teatro. A luz branca predominante, sem mudanças, deu um ar de teatro (no sentido de local) pequeno, sem aparatos técnicos. O que não é característica do Ópera. Outro ponto é o cenário. O tapete ao centro foi uma boa escolha. Porém, dois totens pretos (sei lá o que eram, na verdade) não tiveram utilidade alguma. E uma espécie de biombo colorido ao centro, para os atores se trocarem durante o espetáculo, não foi bem aproveitado.
Volto a frisar, no entanto, a atuação do pai avarento. Um dos candidatos ao prêmio de melhor ator.


Nota: 8,5
Crítico: Eduardo Godoy
Foto: Afonso Verner/Lente Quente - http://www.flickr.com/photos/lentequente/5148695268/

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