sábado, 30 de outubro de 2010

Exclusivo: Gleisi Hoffmann acompanha apuração com Dilma, em Brasília


A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, reunirá os líderes de seu partido amanhã, 31, em sua residência, em Brasília. Gleisi Hoffmann (PT), senadora eleita pelo Paraná, confirmou a presença na noite de quinta, 28, quando estava em Ponta Grossa. Dilma ligou para Gleisi na tarde de quinta, convidando a senadora para assistir à apuração dos votos em sua casa, a partir das 17h. Hoffmann informou que votará em Curitiba pela manhã, depois almoça em sua casa com a família, descansa e pega o avião para Brasília, para ficar ao lado de Lula e Dilma.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os primeiros números devem sair a partir das 19h, devido ao fuso horário diferente em alguns estados brasileiros em conjunto com o horário de verão no Sul e Sudeste.

Pesquisa divulgada hoje, 30, pelo Instituto Datafolha, prevê vitória de Dilma Rousseff (PT) com 55% dos votos válidos. José Serra (PSDB) aparece com 45%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistas 6.554 pessoas neste sábado, sendo um número maior do que outras sondagens. A pesquisa tem registro no TSE sob o número 37.903/2010, e foi encomendada pela Folha e Rede Globo.

Se as pesquisas confirmarem, Dilma deve ser eleita a 40º presidente do Brasil, sendo a primeira do sexo feminino. Nas últimas sondagens, a petista sempre aparece em primeiro lugar, variando pouco e dentro da margem de erro.

Texto: Eduardo Godoy
Foto: Eduardo Godoy
Legenda: Em visita à Ponta Grossa, Gleisi fez campanha para Dilma Rousseff

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

“Descriminalização do aborto não irá resolver tudo”, afirma Gleisi em visita à UEPG

Gleisi Hoffmann concedeu entrevista coletiva a alunos de Comunicação Social da UEPG; entre os temas, representatividade feminina, aborto, reforma agrária e PEC dos Jornalistas

A senadora recém-eleita pelo Paraná, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que o aborto ultrapassa o tema saúde pública e descriminalização não irá resolver o problema. “Isso tem a ver com a emancipação da mulher na sociedade, com o respeito da mulher e com a cultura social que temos de hierarquização de gênero”, disse a senadora, em entrevista coletiva na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), para alunos do curso de Comunicação Social.

Hoffmann defendeu a criação de Redes de Apoio de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. “É um absurdo o que temos de mulheres vítimas de violência, seja violência dentro de casa ou violência externa”, denunciou Gleisi. Ela citou a Região Metropolitana de Curitiba, onde o índice de assassinatos de mulheres é elevado. De acordo com ela, as mulheres tentam continuar o trabalho dos maridos presos por conta do tráfico de drogas, mas, como não têm preparo, acabam perdendo a vida.

Sobre a participação feminina na política, a senadora afirmou que as mulheres estão ocupando maior destaque, porém “ainda é pequeno perto do que representamos na sociedade”. Segundo ela, antes da Constituição de 1934 não havia representação nenhuma das mulheres, “então de votar a sermos votadas é um grande passo”, contou. Gleisi afirmou ainda que as mulheres estão percebendo que as decisões políticas afetam diretamente a educação, segurança e saúde delas e dos filhos.

Outros temas também foram abordados, como a tramitação no Senado da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Jornalistas, que prevê a volta da exigência do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. A senadora disse ser favorável à PEC e lutará pela sua regulamentação, “tanto que quando o Supremo [Tribunal Federal] teve aquela decisão desastrosa, eu era presidente do PT e divulgamos uma nota de apoio aos profissionais”.

Gleisi chegou aos Campos Gerais por volta das 14h, vinda de Londrina. Concedeu uma entrevista coletiva para a imprensa regional e depois visitou a UEPG. Após, Hoffmann fez uma caminhada pelo Calçadão da Coronel Cláudio, ao lado de lideranças políticas da cidade e militantes, para campanha em favor da candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. Para fechar a passagem por Ponta Grossa, a senadora participou ao vivo de um telejornal local.

Texto: Eduardo Godoy
Foto: Eduardo Godoy

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

É Serra na cabeça


Quem está com a dor de cabeça maior: o chefe Paulo Pucci, acamado desde domingo pela derrota do Santos para o Grêmio Prudente, ou José Serra, atingido na careca por pequena bolinha de papel? É Serra na cabeça! Todo mundo ficou espantado: durante caminhada no Rio de Janeiro, jogaram pequena bolota de papel no candidato que precisou fazer tomografia computadorizada. A Rede Globo fez enorme estardalhaço com o caso. Vocês pensam que é exagero, mas quando eu tinha 10 anos tio Zeca jogou uma bola de papel na minha cabeça e eu não fiz tomografia - acho que foi por isto que fiquei sem juízo até hoje e voto na Dilma...

Graças a Deus não houve lesão séria e transmito aos leitores a boa notícia: Serra já respira sem ajuda de aparelhos, mas ficou meio tonto: dizem que ele chegou ao hospital delirando e gritando que lidera as pesquisas e vai ganhar as eleições! O médico não deu nenhum ponto na careca do candidato – que desejava ganhar 12 pontos para se aproximar nas pesquisas da líder Dilma Rousseff.

Dizem que Serra aproveitou a estada no hospital e distribuiu santinhos até para os internados na UTI... Conversei com um médico que viu o vídeo e concluiu: “depois desta, o Serra precisa ficar de repouso. Minha recomendação é que ele fique quatro anos em repouso...”.

Acho mais fácil votar na Venezuela, lá só tem duas opções: tecla verde: quero que Chávez continue; tecla vermelha: quero que Chávez não saia... Mas quem não gostou da urna eletrônica foi tio Asclepíades, ele reclama que as pessoas mais velhas não sabem usá-las. “Tinha uma velha surda na minha frente que trouxe anotado a senha e o número da sua conta no banco, ela queria tirar extrato na urna eletrônica e sacar sua pensão! Levaram duas horas para tirar a surdinha de lá...”

Cunhado Eucrésio, encostado no INSS há seis anos por uma unha encravada, reclamou: “todos os candidatos prometem trabalho, trabalho, trabalho. Se aparecer um que prometa férias, férias, férias, eu voto”! Já tia Maria está indecisa. “todos prometem ajudar os pobres a ganhar sexta básica. Mas eu não quero só sexta, quero quinta básica, segunda básica, terça, quarta...” Tentei convencer tia Maria que não é sexta básica, mas sim cesta básica mas ela não se convenceu e saiu bufando.

Como não teve comício em Castro nestas eleições, sábado fui a São Paulo assistir a um do José Serra. Enquanto ele falava, enorme multidão de umas 40 pessoas gritava “Serra, Serra, Serra...” Cheguei perto do palanque e notei vários petistas também gritando “Serra, Serra...”. Isso não podia ser verdade, o candidato do PT é a Dilma, por que eles gritavam “Serra”? De repente, o palanque caiu, despencou com todo mundo em cima. Foi aí que eu notei uns homens junto ao palanque com uns serrotes nas mãos e entendi os gritos de “serra, serra...”.

Na propaganda política os ataques continuam: a turma do governo diz que Serra vai privatizar
a Petrobrás, Banco do Brasil, o Corinthians e o Flamengo. Já a oposição diz que Dilma vai estatizar tudo, a Vale do Rio Doce, o restaurante Casantiga, a turma dos Secas-Pimenteira, o tio Zeca e até a Casa de Pedra. Oba, vai ter bolsa-casa de pedra, vou fazer já minha inscrição!

*Depois do grave ataque no Rio de Janeiro, cuidado: quem andar nas ruas com papel na mão pode ser preso por porte ilegal de arma. Coitados dos office-boys!




Texto: Paulo Magalhães
Foto 1: Antônio Cruz/ABr
Foto 2: http://ptpernambuco.blogspot.com/2010/08/campanha-do-tucano-jose-serra-sera-oito.html

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dilma lança documento com 13 diretrizes de governo

Do G1, em São Paulo
Disponível em: http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/10/dilma-lanca-documento-com-13-diretrizes-de-governo.html

A candidata do PT à Presiência da República, Dilma Rousseff, apresentou nesta segunda-feira (25) um documento com 13 “compromissos programáticos”, que chamou de diretrizes de governo. Dilma disse que o documento é fruto de "consenso" entre as legendas que apoiam sua candidatura.

Os 13 pontos apresentados pela candidata petista são: fortalecer a democracia política e econômica; expansão do emprego e renda; projeto que assegure sustentável transformação produtiva; defender o meio ambiente; erradicar a pobreza absoluta; atenção especial aos trabalhadores; garantir educação para a igualdade social; transformar o Brasil em potência tecnologia; garantir a qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS); prover habitação e vida digna aos brasileiros; valorizar a cultura nacional; combater o crime organizado; defender a soberania nacional - confira abaixo mais detalhes sobre cada ponto.

Antes da divulgação do documento, que aconteceu num hotel em São Paulo, ela teve uma reunião fechada por cerca de meia hora com representantes dos partidos aliados.

"Estamos entregando nossos 13 compromissos programáticos que refletem a força da nossa coligação, desses 11 partidos, em deixar claras quais são as nossas diretrizes", disse, na saída do evento. Dez siglas assinam o documento apresentado nesta segunda: PT, PMDB, PC do B, PR, PDT, PRB, PSC, PSB, PTC e PTN. O 11º partido citado pela candidata, segundo sua assessoria de imprensa, é o PP, que passou a apoiar recentemente a candidatura petista.

Dilma comentou o fato de os pontos serem genéricos e não apresentarem metas. "São esses 13 compromissos que fundam a nossa governabilidade. Obviamente, são gerais, podem fazer alguma referência a metas, mas têm o sentido de dar diretrizes."

Ela justificou ainda o fato de as diretrizes só terem sido apresentadas a seis dias do segundo turno das eleições: "Não é simples fazer 13 propostas com 11 partidos. Isso, se não tiver muito processo de debate, não sai."

Segundo a petista, todas as propostas apresentadas já haviam sido divulgadas anteriormente em seus programas eleitorais no rádio e na TV. “Nós expusemos isso em todos os programas de televisão. Estamos formalizando para o futuro porque, se Deus quiser e eu for eleita, será a base para a governabilidade”, afirmou.


Texto: Mariana Oliveira

Olhos sonhadores


Milhares de pessoas passam por nossas vidas. Porém, algumas têm o poder de nos marcar, como uma cicatriz interior. Um momento eternizado não em nosso corpo, mas sim em nossa alma.

Francesco tinha a certeza de que conhecera aquela mulher. A imagem da juíza da Vara da Criança e do Adolescente, responsável pelo caminho de dezenas de pequenas criaturas sem uma vida familiar consistente, não lhe era estranha. Drª. Lorenza respondia às perguntas do jornalista com um ar sério. O entrevistador, entretanto, fitava aqueles olhos profundos tentando se lembrar de onde os conheciam.

Vinte e dois anos antes, em uma agitada madrugada de sábado. Era isso! Os olhos sonhadores, lembrou-se. A noite não devia ter sido boa, imaginava ele observando o suporte de algodão doce, ainda cheio, que a menina de 16 anos trazia junto ao braço. No drive-thru de uma rede de lanchonetes, em meio aos pedidos dos amigos, a adolescente chegou e ofereceu seu produto, simples, genuíno, bem diferente dos pequenos sanduíches vendidos a preços exorbitantes pela rede. “O azul tem mais sabor. Eu já experimentei todos, mas agora já enjoei”, revelou a pequena vendedora.

O ainda estudante de jornalismo aceitou um algodão doce. Ou melhor, comprou um algodão doce. E puxou conversa, enquanto seus amigos decidiam se pegavam batatinhas fritas e Coca-cola, junto com o lanche. Ele descobriu que a menina estudava de manhã (tinha repetido de ano três vezes, por isso ainda estava na 7ª série), cuidava dos sobrinhos à tarde e vendia algodão doce à noite. Tripla jornada, que começava quando ela acordava olhando para o suporte do produto enroscado em cima da sua cama. O estudante ficou imaginando como era acordar desta maneira. E como ela enroscava um troço daquele em cima da cama?

Bom, mas ele lembrou-se dela pelo sonho revelado naquela noite: estudar Direito e ser juíza da Vara da Criança e do Adolescente. “Já passei por lá várias vezes”, tentou justificar a garota. Agora estavam ali, frente a frente. A menina sonhadora e o estudante de jornalismo. A juíza e o jornalista. Duas vidas cruzadas há anos atrás, por poucos minutos, sem encontravam novamente. Quanta mudança, física e temporal, marcava os dois. Mas aqueles olhos não enganavam: era a vendedora de algodão doce. Ou melhor, de esperança.

Fim de entrevista. Depois de tantos pensamentos, a sorte do repórter era ter utilizado o gravador para registrar a fala da doutora. Não conseguira se concentrar um instante no que ela dizia. Decidiu que não revelaria nada, naquele momento, sobre a lembrança. Agradeceu a entrevista e voltou para a redação.

No outro dia, um algodão doce azul deixado na sala da juíza fez a confirmação. “Ele também lembrou”, pensou a vendedora de esperança.

Texto: Eduardo Godoy

domingo, 24 de outubro de 2010

Agenda política da semana (decisiva!)

do blog do Fernando Rodrigues, na UOL
Disponível em: http://uolpolitica.blog.uol.com.br/arch2010-10-24_2010-10-30.html

Segunda (25.out.2010)
Pesquisa Vox Populi –
instituto pode divulgar seus números novos. A lei eleitoral pede intervalo de 5 dias a partir do registro no TSE até a divulgação. O registro foi feito em 20.out.2010.

Dilma x Serra na “Record” – 3° debate do 2° turno. Começa às 23h.

Dilma em São Paulo – de 12h a 14h, reúne-se, no Hotel Mercury, com presidentes dos partidos de sua coligação e lança documento com compromissos de governo (a 6 dias da eleição...).

Lula no Rio – pela manhã, entrega unidades do Minha Casa, Minha Vida para moradores do Complexo do Alemão desalojados pelas chuvas de abril. Às 15h, lança embarcação ao mar no estaleiro da Ilha do Governador.

Alckmin no Rio Grande do Sul – tucano, governador de São Paulo, faz campanha para Serra em Porto Alegre e em Santa Maria.

Jaques Wagner no Roda Viva – governador reeleito da Bahia, filiado ao PT, grava entrevista à tarde, em São Paulo. Transmissão a partir das 22h, pela “TV Cultura”.

Anastasia e o Cansei – em São Paulo, governador reeleito de Minas, pelo PSDB, almoça com empresários do Lide – associação presidida por João Dória, fundador do movimento anti-Lula “Cansei”, em 2007.

Inflação – FGV divulga IPC-S. Ao longo da semana, publica outros indicadores. Aqui, calendário completo de divulgação.


Terça (26.out.2010)
Pesquisa Datafolha –
instituto termina as entrevistas e já pode divulgar os resultados. O registro foi feito em 21.out.2010.

Faltam 5 dias para a eleição – nenhum eleitor pode ser preso, exceto em flagrante, até 48h depois da votação de domingo (31.out.2010). Candidatos contam com esse benefício desde 18.out.2010 (artigo 236 do Código eleitoral).

Lula em Curitiba – faz campanha na capital do Paraná, à noite. Antes, em Brasília, vai à reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas e encontra representantes do movimento de atingidos por barragens.

Tony Blair em São Paulo – toma café da manhã com o presidente do Santos, Luís Álvaro, em São Paulo. No Hotel Unique, fala sobre as oportunidades oferecidas pela Copa de 2014 em evento do Lide, de João Dória. Talvez consiga encontrar Geraldo Alckmin.

Beto Richa ajuda Serra – tucano, eleito governador do Paraná, vai a Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, pela manhã. À tarde, à Goiânia. Talvez Serra o acompanhe.

Dilma no Nordeste – às 18h30, visita Vitória da Conquista (Bahia) com Jaques Wagner. Dos 417 municípios baianos, Serra só ganhou em Vitória da Conquista e em Presidente Tancredo Neves. A candidata também visita Fortaleza (Ceará) e Caruaru (Pernambuco).

Inflação – Fipe divulga IPC referente ao período de 23.set.2010 a 23.out.2010.


Quarta (27.out.2010)
Pesquisa CNT/Sensus
– resultados já podem ser divulgados. Registro no TSE foi feito em 22.out.2010.

Dilma X Serra no Nordeste – o SBT anunciou o encontro, a partir de 12h20.

Lula faz 65 anos – em 2002, o 2° turno da eleição presidencial, vencido por Lula pela 1ª vez, caiu nesse dia (último domingo do mês, como determina a lei eleitoral). Em 2010, a campanha de Dilma divulgará o bordão: "dê um presente ao Lula: conquiste mais um voto para Dilma".

Lula em Santa Catarina – entrega última fase da reconstrução do Porto de Itajaí. Na hora do almoço, volta pra Brasília.

STF julga Ficha Limpa – em pauta, recurso de Jáder Barbalho (PMDB), candidato a senador pelo Pará considerado ficha suja pelo TSE.

Casagrande ajuda Dilma – governador do Espírito Santo, eleito pelo PSB, faz campanha para a aliada no Piauí.

Desemprego – Dieese divulga pesquisa mensal sobre emprego e desemprego. Aqui, calendário de divulgações do Dieese.

Política econômica – Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc) faz sua reunião mensal.


Quinta (28.out.2010)
Pesquisa Ibope –
Datafolha faz entrevistas para nova sondagem e pode divulgar resultado em 29.out.2010. Ibope termina entrevistas e já pode divulgar os números novos.

Faltam 3 dias paras a eleição – último dia para realização de comícios (artigo 240 do Código Eleitoral e artigo 39 da lei 9504).

Lula no Recife – sem Dilma, faz último comício da campanha faz campanha na capital pernambucana, no fim da tarde. Antes, pode ir para o Rio por causa do início da produção de petróleo do pré-sal.

Beto Richa no Paraná – participa de eventos pró-Serra no interior do Estado.

Política econômica – Conselho Monetário Nacional (CMN) faz reunião mensal.


Sexta (29.out.2010)
Pesquisa Datafolha –
pode divulgar resultado de sondagem feita em 28.out.2010.

Serra x Dilma na “Globo” – 4° debate do 2° turno, transmitido a partir das 22h15. Aqui, lista com todos os debates da eleição presidencial de 2010.

Faltam 2 dias para a eleição – último dia do horário político no rádio e na TV. Também é o prazo: realização de debates, divulgação de propaganda eleitoral em páginas institucionais na internet e de propaganda paga na mídia impressa, segundo artigo 49 da lei 9504.

Lula em São Paulo – pela manhã, visita o Salão Internacional do Automóvel, no Anhembi.

FHC ajuda Serra – vai a passeata em apoio ao correligionário. Começa no largo São Francisco, centro de São Paulo.


Sábado (30.out.2010)
Falta 1 dia para a eleição –
último dia para promoção de carreata e distribuição de propaganda política. Não se pode mais usar alto-falantes e amplificadores de som para apoiar candidatos (artigo 39 da lei 9504).

Maradona faz 50 anos – craque argentino faz aniversário, 1 semana depois de Pelé comemorar 70 anos, em 23.out.2010.

Beto Richa – encerra sua campanha pró-Serra com caminhada em Curitiba.


Domingo (31.out.2010)
Eleição – enfim, o 2° turno. Pode-se votar das 8h às 17h, no horário local de cada cidade. As últimas urna devem ser fechadas às 18h (hora de Brasília) em locais que seguem a hora de Manaus e adotaram o horário de verão.

Referendo no Acre – além de escolher o presidente, acrianos dizem nas urnas se aprovam a supressão, já em vigor, de seu fuso horário (2 horas a menos em relação a Brasília, sem contar horário de verão).

Folha.com e UOL ao vivo – os dois portais fazem operação conjunta para transmitir em vídeo (na web, iPhones, iPads etc.) todos os acontecimentos no dia da eleição e da apuração, a partir do início da noite.

Um conto de eleição

“Vai, corre! Faz a foto, cara!", gritou pra mim o motorista do carro de reportagem, que há alguns meses – desde que começou a dirigir para o jornal - teve a vida inundada de fotojornalismo.

Era um garotinho de uns oito anos, todo maltrapilho, juntando os santinhos que traziam a cara de um determinado político. Era a foto do garoto que chamou a atenção do motorista. O pequeno moleque juntava os papeizinhos para vender por quilo na cooperativa de papel, fui descobrir depois. O piá Francisco, que aparentava um bixo de tão sujo que estava, parecia crente da vitória do tal político.

Na madrugada em que conheci Francisco ele me disse que o futuro dele já estava perdido porque havia começado a “trabalhar” como “aviãozinho” para o dono da comunidade. Uma garoa fina caía e a noite quieta, como sempre, estava de congelar os ossos. Eu, com três blusas, me senti envergonhada por ver o menino com uma calça de moletom toda furada e uma camiseta que se mostrava alguns números menor do que ele.

Passei algumas horas conversando com o garoto, enquanto o motorista do jornal divertia-se com a maravilhosa Nikon D3. Ao me despedir de Francisco, o pequenino me olhou com os seus olhos negros como a noite e me disse “vota direito, tia. Pensa, porque você tem na ponta do dedo o destino de muita gente, inclusive o meu”! Então me despedi, dando ao garoto os trocadinhos que estavam soltos no bolso do meu casaco, pois ele aparentava um imenso ar de fome. Ele, todo faceiro, saiu depois de catar as sacoladas de santinhos e os seus trocadinhos.

Eu fiquei. Aquela fatídica madrugada – comum para mim, visto meu trabalho - que antecedia a "festa da democracia", me fez pensar no meu voto, no que julguei ser melhor. Eram três os mais cotados para a presidência, porém apenas um ganharia e ocuparia a cadeira mais importante do país. E seria sentado naquela cadeira que decidiria o que é melhor para o Brasil. Para minha esperança (ainda não decidi se é mesmo esperança) a pessoa que prometeu cumprir um sonho de qualquer garoto de oito anos, que é ter uma bicicleta, não foi eleita no primeiro turno.

Quando entrei no Fórum Eleitoral às seis horas da tarde de domingo, dia 3 de outubro de 2010, vi um garotinho que me lembrou Francisco. Me encostei ao lado de uma imensa pilha de urnas eletrônicas que haviam acabado de ter suas fitas impressas. Ao olhar o telão e ver que o segundo turno era real, pensei que ainda haviam esperanças para o futuro de milhões de Franciscos que estão por aí. O sábio garoto teve sua fala mais certeira ao dizer que eu deveria votar direito e que o voto deve ser pensado, pois as rodas da vida irão girar pelos próximos quatro anos de acordo com o caminho que os 190 milhões de brasileiros irão escolher.

Texto: Luiza Slaviero - @luhslaviero

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Para meus amigos...

Irmãos da lua
Renato Teixeira



Somos todos irmãos da lua
Moramos na mesma rua
Bebemos no mesmo copo
A mesma bebida crua
O caminho já não é novo
Por ele é que passa o povo
Farinha do mesmo saco
Galinha do mesmo ovo
Mas nada é melhor, que a água
A terra é a mãe de todos
O ar é que toca o homem
E o homem maneja o fogo
E o homem possui a fala
E a fala edifica o canto
E o canto repousa a alma
Da alma depende a calma
E a calma é irmã do simples
E o simples resolve tudo
Mas tudo na vida às vezes
Consiste em não se ter nada

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

RS Notícias Especial de Sábado > 16/10/10

Pesquisa em Jornalismo é tema de evento estadual na UEPG

O Pequeno Auditório do Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) recebe até sexta-feira, 22, o VIII Encontro Paranaense de Pesquisa em Jornalismo, promovido pela Agência de Jornalismo, Departamento de Comunicação, Centro Acadêmico João do Rio (Cajor) e Curso de pós-graduação e Grupo de Pesquisa “Mídia, Política e Atores Sociais”. O evento teve início na tarde de ontem, 20, com a apresentação de nove trabalhos de alunos e professores da UEPG e da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Segundo o coordenador do Encontro, professor Emerson Urizzi Cervi, “a ideia do evento é fazer mesas temáticas. Neste primeiro dia tivemos uma mesa que preconizou Mídia e Política e outra com os projetos de extensão do curso”. Ele explica que a tematização das mesas faz com que se direcione o debate e o torne mais qualitativo. Como balanço de primeiro dia, o professor avalia como “proveitoso, em uma tarde produtiva com as duas mesas”.

Rafael Schoenherr, professor de Jornalismo da UEPG e um dos autores do trabalho sobre legendas no projeto ‘Lente Quente: Cobertura Fotográfica da Cena Cultural de Ponta Grossa’, afirma que as apresentações dão pista de uma ligação entre as disciplinas e a extensão. “Um aspecto importante da pesquisa na extensão é distinguir as demandas que grupos sociais fazem de produtos jornalísticos”, pontua Schoenherr.

O artigo sobre legendas foi produzido por Rafael e mais cinco alunos do projeto. Entre eles, Giovana Celinski, do 3º ano, que considera que a pesquisa é “uma oportunidade de refletir sobre a prática e tematizar em um artigo científico com embasamento teórico”. De acordo com a aluna, após o debate é possível também aprimorar as produções em foto-legenda cultural que o projeto se dispõe a fazer.

“Eventos anuais como este são uma forma de vincular pesquisa à extensão de uma maneira muito inteligente”, diz o professor Carlos Alberto de Souza, que apresentou um artigo sobre a Agência de Jornalismo. Hoje, 21, o evento segue com mesas temáticas às 14h, 16h30, 19h e 21h30, com participação gratuita e emissão de certificados. Serão 19 trabalhos de alunos e docentes da UEPG, UFPR, UniBrasil (Curitiba) e Universidade Federal de Santa Maria – RS (UFSM). Outras informações em http://agenciauepg.blogspot.com.

Texto: Eduardo Godoy

E no Chile, todos tiveram luz


Uma festa política e midiática surgida a partir de uma tragédia. Esse foi um dos aspectos principais do resgate dos mineiros presos na mina San José, no Chile. O presidente chileno, Sebastian Piñera, era o principal ator da operação. Deixou uma reunião do Unasul para mostrar trabalho junto aos trabalhos de resgate. É tido como o articulador das decisões e trabalhos e ficava na mina, no deserto, sempre que um fato importante seria anunciado (por ele, claro!).

Foi assim nos últimos dias do resgate, principalmente a partir do dia 12 de outubro. Foi Piñera quem divulgou o início da operação de retirada dos mineiros pela Fênix 2, diante de dezenas de câmeras do mundo inteiro. Foram mais de mil repórteres que se deslocaram de suas redações para o deserto chileno, com o propósito de cobrir o resgate e mostrar a angústia das famílias, os trabalhos e a ação do presidente.

É impressionante observar a correria dos jornalistas atrás da mesma imagem, da mesma fala, das mesmas pessoas, das mesmas informações. Foi talvez com esse objetivo de afastar um pouco os repórteres que houve a decisão da licença apenas para a TVN, pública, fazer filmagens no local nos dois dias finais da operação. Outra hipótese é a certeza de que o presidente chileno seria mostrado sempre em ótima posição, confortando as famílias antes da saída dos mineiros e abraçando os sobreviventes dessa história que, sem dúvida, será objeto de livros, filmes e documentários. Foi tentado mostrar o chefe do governo como um representante presente em todos os momentos necessários junto ao seu povo. E conseguiu.

O traço mais marcante neste acontecimento foi, porém, a presença maciça de bandeiras chilenas, por toda a parte, a todo o momento. Além das bandeiras, os gritos de “Si, si, si, ye, ye, ye; soy minero del Chile”. A população (ou os comandados do presidente) transformou todo esse episódio em um grande evento para se mostrar ao mundo. Foram dois meses em que as câmeras se voltaram a um país apagado internacionalmente. Em um jogo de marketing, aproveitou-se o momento para expor a imagem do presidente preocupado e perfeito nas decisões, a favor de um povo nacionalista e solidário. Toda essa festa com um pano de fundo trágico, lembra a morte de Tancredo Neves, o presidente que nunca assumiu, onde o brasileiro foi às ruas gritar por mudança, enquanto o caixão do ex-chefe passava atrás.

Desta vez, tudo deu certo. Os 33 mineiros estão nas suas casas, com bons empregos certos e eternizados nas páginas de livros e fitas de vídeo (ou em arquivos digitais, para ser mais moderno e realista). As famílias tiveram seus minutos de fama. O presidente teve sua imagem de bom moço divulgada no mundo inteiro, com vistas a um cargo mais importante internacionalmente. A população pode fazer sua agitação e mostrar seu valor cultural e solidário. A mídia conseguiu uma notícia para vários dias de trabalho. E alguns jornalistas puderam até fazer uma cobertura internacional, com a viagenzinha paga pela chefia. Todos saíram ganhando. E agora, qual é o próximo assunto?

Texto: Eduardo Godoy
Foto: Carlos Espinoza/AP

domingo, 17 de outubro de 2010

Carta aberta aos presidenciáveis


Os jornalistas brasileiros, legitimamente representados pela FENAJ e os seus 31 Sindicatos filiados, vêm a público reivindicar dos candidatos à Presidência da República que se comprometam com as bandeiras da democratização da comunicação e com a defesa do Jornalismo como bem público essencial à democracia, e dos jornalistas como categoria profissional responsável pela efetivação do direito da sociedade à informação.

Há no país uma ação permanente patrocinada pelos grandes grupos de comunicação para desqualificar o Jornalismo, confundindo propositadamente a produção de informação com entretenimento, ficção e mera opinião. Igualmente, a categoria dos jornalistas sofre ataques à sua constituição e organização.

Por isso, mais uma vez, os jornalistas brasileiros afirmam a defesa da regulamentação da profissão e conclamam a futura ou futuro presidente a apoiar a luta pela aprovação das Propostas de Emendas Constitucionais (PECs), em tramitação no Congresso Nacional, que restituem a exigência da formação de nível superior específica para o exercício do Jornalismo.

Nossa categoria entende que a luta pela regulamentação da profissão e pela democracia da comunicação é de interesse público. Baseada nesta compreensão, pede a continuidade da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) como instância democrática e plural de discussão e deliberação das políticas públicas para o setor.

Afirmamos a necessidade de o governo brasileiro dar sequência às decisões da 1ª Confecom, destacando como prioridade a criação do Conselho Nacional de Comunicação como instância deliberativa, do Conselho Federal de Jornalistas (CFJ) e do Código de Ética do Jornalismo assim como a aprovação de uma nova e democrática Lei de Imprensa para o país.

Os jornalistas brasileiros têm a certeza de que o futuro ou futura presidente da República comprometer-se-á com a construção desse grande projeto nacional porque significa a defesa da Liberdade de Expressão e Imprensa e da democracia no Jornalismo, na Comunicação e no Brasil.

FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas

Brasília, 15 de outubro de 2010.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Infinita Highway


Engenheiros do Hawaii
Composição: Humberto Gessinger


Você me faz correr demais
Os riscos desta highway
Você me faz correr atrás
Do horizonte desta highway
Ninguém por perto, silêncio no deserto
Deserta highway
Estamos sós e nenhum de nós
Sabe exatamente onde vai parar

Mas não precisamos saber pra onde vamos
Nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos
Nós só queremos viver
Sem motivos, nem objetivos
Nós estamos vivos e é tudo
É sobretudo a lei
Dessa infinita highway

Quando eu vivia e morria na cidade
Eu não tinha nada, nada a temer
Mas eu tinha medo, medo dessa estrada
Olhe só, veja você
Quando eu vivia e morria na cidade
Eu tinha de tudo, tudo ao meu redor
Mas tudo que eu sentia era que algo me faltava
E à noite eu acordava banhado em suor

Não queremos lembrar o que esquecemos
Nós só queremos viver
Não queremos aprender o que sabemos
Não queremos nem saber
Sem motivos, nem objetivos
Estamos vivos e é só
Só obedecemos a lei
Da infinita highway

Escute, garota, o vento canta uma canção
Dessas que a gente nunca canta sem razão
Me diga, garota: será a estrada uma prisão?
Eu acho que sim, você finge que não
Mas nem por isso ficaremos parados
Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão
"Tudo bem, garota, não adianta mesmo ser livre"
Se tanta gente vive sem ter como comer

Estamos sós e nenhum de nós
Sabe onde vai parar
Estamos vivos, sem motivos
Que motivos temos pra estar?
Atrás de palavras escondidas
Nas entrelinhas do horizonte dessa highway
Silenciosa highway

Eu vejo um horizonte trêmulo
Eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Eu posso estar correndo pro lado errado
Mas "a dúvida é o preço da pureza"
É inútil ter certeza
Eu vejo as placas dizendo
"não corra, não morra, não fume"
Eu vejo as placas cortando o horizonte
Elas parecem facas de dois gumes

Minha vida é tão confusa quanto a América Central
Por isso não me acuse de ser irracional
Escute, garota, façamos um trato:
Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato
Eu posso ser um Beatle, um beatnik
Ou um bitolado
Mas eu não sou ator
Eu não tô à toa do teu lado
Por isso, garota, façamos um pacto
De não usar a highway pra causar impacto

Cento e dez, cento e vinte
Cento e sessenta
Só prá ver até quando o motor agüenta
Na boca, em vez de um beijo,
Um chiclet de menta
E a sombra do sorriso que eu deixei
Numa das curvas da highway

Festa em Ponta Grossa marca preparativo para Comunica Beach 2010

“Um grande preparativo para o 'Comunica Beach 2010'”. É assim que o presidente da Associação Atlética de Jornalismo da UEPG (AAJ), Sebastião Machado Neto, caracteriza a festa 'Comunicaí', promovida em parceria com o 3º ano de Jornalismo da UEPG. O evento será no dia 23 de outubro no Lupullus Chalé, na rua Coronel Dulcídio, próximo à Mansão Vila Hilda, no centro de Ponta Grossa. Programada para começar às 15h, a festa será 'open bar' de cerveja Skol e Brahma, vodka, refrigerante e água.

Segundo Daniel Petroski, um dos organizadores, o evento será um “esquenta para o Comunica Beach e, ao mesmo tempo, uma forma de angariar fundos para a formatura do atual 3º ano”. O som para animar a galera ficará por conta do Dj Afonso Verner e de uma dupla sertaneja ainda não confirmada. De acordo com Petroski, a festa vai contar ainda com cama-elástica e piscina. Os ingressos custam R$ 20 e podem ser adquiridos com os organizadores ou nas blitz que serão feitas próximas à UEPG para divulgação.

O 'Comunica Beach 2010' – jogos entre os alunos de Comunicação Social do Sul do país – será realizado este ano na Praia de Ferrugem, município de Garopaba, Santa Catarina, entre os dias 12 e 14 de novembro. O presidente da AAJ, Sebastião Neto, afirma que mais de 6 mil pessoas participarão dos jogos. “Precisamos divulgar o 'Comunica', por isso entramos nessa parceria com o 3º ano. Quase todas as delegações das outras universidades fazem essa festa de esquenta, e este ano faremos na UEPG também”, informa Sebastião.

“Será um momento aprazível, de descontração e ao mesmo tempo divulgando um grande evento e arrecadando fundos para a formatura”, diz Nataniel Zanferrari, do 3º ano de Jornalismo e diretor de comunicação da AAJ. Para ele, a participação será maciça principalmente entre os alunos do curso de Jornalismo. “Será a primeira festa promovida pela Atlética e o pessoal do curso deverá ir em peso para prestigiar”

De acordo com Daniel Petroski, são 350 ingressos antecipados, ao valor de R$ 20, sendo que já foram vendidos quase 200. Na hora, serão disponibilizados mais 50 ingressos, porém, com acréscimo no preço. A promoção da festa é da Mega Produções e Sagae Formaturas. Para participar do 'Comunica Beach' com a delegação da UEPG, basta procurar um dos diretores da Associação Atlética de Jornalismo. O valor, R$ 330, inclui transporte, pousada, caneca, camiseta e pacote de festas.

Texto: Eduardo Godoy

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Músico platinense lança disco solo

O cantor, compositor e multi-instrumentista Antônio Altvater, em sua nova carreira solo, acaba de lançar seu disco na internet. O álbum, intitulado “Sessão Sonora I”, conta com 10 faixas, fazendo uma mistura harmoniosa entre a música folk, o rock e o blues. Todas as músicas são autorais, incluindo uma versão acústica de “Central”, que fez parte do disco de estreia de sua banda Plues.

“Esse disco é resultado de uma compilação de gravações do primeiro e começo do segundo semestres de 2010, publicadas da forma mais cru possível. Boa parte das músicas foi gravada de uma vez só para ficar o mais próximo possível do ‘ao vivo’”, afirma Altvater. Segundo ele, o álbum lembra a linha dos primeiros discos do cantor norte-americano Bob Dylan, com violão, voz e harmônica em no máximo três pistas, “já que as condições e os recursos que tenho não me possibilitam muita ambição de uma super-produção”.

O download gratuito do disco pode ser feito através do blog que Antônio Altvater mantém sobre sua carreira e indicações de boas músicas. O endereço é o http://sessaosonora.blogspot.com.



Antônio Altvater
O jovem artista, autodidata, é cantor, compositor e multi-instrumentista. Atualmente, é integrante da banda Plues. Estudante de História na Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Antônio Altvater se apresenta regularmente em festivais e bares da região e da capital paranaense. Ganhou repercussão com os convites para participar de programas de rádio e TV de Curitiba, como na TV Transamérica. Recentemente se apresentou no Palco Alternativo da Fetexas, em Jacarezinho. Antônio é dono de um talento reconhecido por revistas, sites especializados e profissionais do meio musical.

Texto: Eduardo Godoy

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ciclo de Debates apresenta métodos para produção de reportagem


Começa na próxima quinta-feira, 7, o Ciclo de Debates “Estratégias de Reportagem”, promovido pela Agência de Jornalismo e Departamento de Comunicação Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O evento está programado para começar às 19h no Pequeno Auditório do Campus Central da UEPG, com entrada gratuita e emissão de certificados ao final do projeto, em 2011. O primeiro debate acontece com a jornalista curitibana Anna Carolina Azevedo, autora do livro “Dinamite – Uma tragédia em Curitiba”.

Rafael Schoenherr, coordenador do evento, afirma que o objetivo é fazer um contato entre profissionais e estudantes de Jornalismo, apresentando os métodos para a produção de reportagem. “O projeto dialoga com várias disciplinas, principalmente as de produção jornalística. Vamos discutir os bastidores da construção de uma reportagem”, explica Schoenherr. A proposta é, segundo ele, a verificação do tratamento de fontes, organização dos dados e, principalmente, a escolha da narrativa.

A primeira convidada é Anna Carolina Azevedo, que lançou recentemente seu livro contando a história do dia em que um caminhão com dinamite explodiu em Curitiba, em 1976. O livro-reportagem, resultado de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em 2008, foi escolhido em um edital da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná para ser impresso na Imprensa Oficial do Paraná e distribuído nas bibliotecas públicas do estado.

Para a chefe do Departamento de Comunicação da UEPG, Karina Janz Woitowicz, o Ciclo de Debates é um espaço para reflexão e contato com a produção de reportagem, que “está ganhando maior espaço no jornalismo diário, revistas e publicação de livros”. Kevin Kossar, do 2º ano de Jornalismo da UEPG, destaca que a participação no evento é oportuna e será seu primeiro contato com grandes reportagens. “Gostando ou não, cabe a nós, futuros jornalistas, termos o domínio das técnicas de produção”, afirma Kevin.

Segundo Rafael, a ideia do projeto nasceu em uma banca de avaliação de TCC em 2009, onde surgiu a discussão de quais estratégias utilizar para a construção de uma reportagem. “Queremos continuar o Ciclo em 2011, transformando-o em um curso de extensão reconhecido pela Pró-Reitoria de Extensão”, diz o coordenador. Ele espera que nos próximos encontros, programados para acontecerem uma vez por mês, profissionais com reportagem pronta ou projetos de reportagem possam participar. Outras informações em http://agenciauepg.blogspot.com.br/


Texto: Eduardo Godoy