quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Uma história de 45 anos



1º de agosto de 1965. O mundo vê, na Guerra do Vietnã, os vietcongs isolarem a base norte-americana de Da Nang. No Brasil, pouco mais de três meses antes, em 22 de abril, a oficina do jornal “O Estado de S. Paulo” sofria um atentado a bomba, por força dos primeiros anos da ditadura militar de 64 e consecutiva censura. Em Santo Antônio da Platina, pequena cidade interiorana do Paraná, porém, um fato positivo e histórico acontecia: surgia o jornal mais importante da região. Noel Cândido de Moraes, na época estudante de Direito da Universidade Federal do Paraná, realizava um sonho ao distribuir a primeira edição da Tribuna Platinense, com oito páginas, preto e branco, sem foto na capa e, na manchete, mostrava a que vinha, cobrando do governo a “Conclusão da Rodovia Federal BR-14” (atual BR-153).

Além de estudar pela manhã, Noel era escrivão da polícia à tarde e, à noite, professor em uma escola estadual. Portanto, o tempo que dispensava ao recém-fundado jornal tinha que ser bem aproveitado. Ficava-se até tarde da noite escrevendo no quarto da Casa do Estudante Universitário (C.E.U), em Curitiba, onde residia com o estudante de Medicina José Dias dos Reis Neto. Segundo Joaquim Cardoso da Silveira Filho, Noel “começou a preparar a primeira edição em cima de uma modesta máquina de datilografia Olivetti, semi-portátil”. A máquina era ainda dividida pelos amigos Cardoso Filho, que assinava uma página de esportes, e Alberto Andrade, responsável por uma coluna social intitulada Reportagem. E assim, sob conversas animadas nas camas e cadeiras do pequeno quarto universitário, brotava um veículo de informação tipicamente platinense com a incumbência de retratar a vida no interior e reivindicar melhorias na região, como apontava seu primeiro editorial.

Hoje, 16.448 dias depois daquele primeiro tabloide, o ideal não mudou. A Tribuna Platinense continua sendo um jornal do povo, “marcadamente platinense em todo o seu contexto”. O apoio da opinião pública a que Noel pedia no texto de 1965 chegou rápido e continuou, sendo a Tribuna respeitada pela população do Norte Pioneiro, seus governantes e demais jornais paranaenses. O pequeno jornal da cidade interioriana do Paraná chega hoje a sua 1138º edição. São milhares de páginas que retratam a história de uma região esquecida pelo poder público e pela grande mídia estadual e nacional.

Texto:
Eduardo Godoy

Foto:
Arquivo Tribuna Platinense

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Candidatos do Norte Pioneiro já arrecadaram mais de R$ 400 mil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, pelo seu portal na internet, a primeira prestação de contas dos candidatos. Na lista organizada pela Gazeta do Povo dos dez deputados federais do Paraná que concorrem à reeleição e mais arrecadaram nesta primeira etapa, aparecem os nomes de dois representantes do Norte Pioneiro. Chico da Princesa (PR) ficou em 6º lugar, com receita de R$ 150 mil, através de Fundo Partidário, e nada de gasto. Em 8º lugar na lista está o nome de Abelardo Lupion (DEM), com arrecadação de R$ 90 mil, sendo metade de recursos próprios e metade de recursos do partido. Sua despesa ficou em R$ 70.828,12, contando com R$ 31 mil em publicidade por material impresso, R$ 300 por publicidade em jornais e revistas, R$ 5,80 com encargos financeiros e taxas bancárias, e R$ 39.522,32 com cessão ou locação de veículos. A candidata pelo PSC, Leia Fernanda de Souza Ritti Ricci angariou, diferente dos outros dois, apenas R$ 2 mil através de recursos próprios, e não teve nenhum gasto. O paranaense que mais arrecadou foi Odílio Balbinotti (PMDB), com R$ 1,019 milhão e gasto de R$ 414,9 mil.

Para a Assembleia Legislativa do Paraná, seis platinenses buscam ocupar uma de suas cadeiras. Entre eles, o que teve maior arrecadação foi Junior Pucci (PR) com R$ 70 mil, por meio de recursos próprios, e gasto nulo. Depois aparece Pedro Lupion (DEM), que obteve R$ 30 mil de recursos do partido e R$ 5 mil de recursos próprios. Pedro Claro de Oliveira Neto (DEM) arrecadou R$ 30 mil de recursos próprios e gastou R$ 3 mil para despesa com pessoal. Celso de Souza Schmidt (PT) obteve R$ 23 mil de recursos próprios e utilizou R$ 14.750 na sua campanha, sendo R$ 3 mil com locação/cessão de imóveis, R$ 6.750 com publicidade por materiais impressos e R$ 5 mil na produção de vinhetas, jingles e slogans. O candidato do PSC, Paulo César Tiri Gomes, teve receita de R$ 200 através de recursos próprios e não utilizou nada deste dinheiro. Já a candidata Romilda Maria Beckert (PR) não arrecadou e, consequentemente, não gastou nada. Em todo o estado, Alexandre Curi (PMDB) foi quem mais obteve receita, com R$ 578.800 e despesa de R$ 124,9 mil.

Para acessar a prestação de contas de todos os candidatos à Presidência da República, Senado Federal, Congresso, Governos Estaduais e Assembleias Legislativas, basta acessar www.tse.jus.br .

Texto:
Eduardo Godoy

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Candidatos apresentam propostas para Campos Gerais

Os cidadãos dos Campos Gerais tiveram a oportunidade de, na noite de quinta-feira, 5, conhecer as principais propostas dos deputados estaduais e federais da região. Dez candidatos participaram do I Fórum de Representação e Legitimação Política no Grande Auditório do Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. O evento, organizado pelo Movimento Campos Gerais de Igual para Igual e que iniciou na terça-feira, 3, teve como objetivo discutir os desafios e propostas em defesa dos Campos Gerais e foi aberto ao público. Cerca de 100 pessoas estavam presentes.

Compareceram os aspirantes à Câmara Federal Sandro Alex (PPS), Tavinho Luck (PV), Osni Ferreira de Souza (PSOL) e Sérgio Demichurki (PRTB). Já dos que estão na corrida por uma cadeira na Assembleia Legislativa, estiveram presentes os candidatos Marcelo Rangel (PPS), George Luiz de Oliveira (PMN), Selma Cogo (PPS), Lauro Padilha (PV), Ivo Nei Migdalski (PRTB) e Leandro Santos Dias (PSOL). Todos os concorrentes ao Governo Estadual, Senado e deputados federais e estaduais foram convidados a participarem do Fórum antecipadamente, como lembrado pela organização.

Na primeira parte, os candidatos tiveram dez minutos para apresentar suas principais propostas. Marcelo Rangel defendeu a ética, melhorias na UEPG e a representatividade da região. Seu correligionário e irmão, Sandro Alex, seguiu a linha de pensamento de Rangel, reforçando ainda a luta pelo diploma para o exercício da profissão de jornalista. George Luiz falou sobre os jovens, a ação na área da segurança e as melhores condições no lazer. Migdalski apontou os prós e contras de ser um deputado estadual. Lauro Padilha discorreu sobre o respeito aos eleitores, a educação e lembrou que o Partido Verde não deixou que seus filiados “fichas sujas” registrassem sua candidatura. Leandro Dias falou sobre a educação e destinou a maior parte de seu tempo para ataques a outros partidos. Selma Cogo, a única mulher presente, defendeu a presença feminina na disputa e, posteriormente, ocupando uma das cadeiras da Assembleia. Osni Ferreira falou sobre a lei Ficha Limpa, a reforma política, separação de poderes e a questão ambiental. Demichurki ponderou sobre o regionalismo e a lealdade e honestidade que os políticos devem ter com seus eleitores. Por fim, Tavinho Luck apoiou a reforma tributária e o fortalecimento da região. Na sequência, foi aberto espaço para perguntas dos presentes aos candidatos.

O Fórum foi realizado com apoio da Agência de Jornalismo UEPG, Conselho Nacional de Leigos Católicos, de Ponta Grossa, Movimento Combate à Corrupção Eleitoral, Observatório Social, Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG) e Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção de Ponta Grossa. O evento ocorreu pouco antes do primeiro debate dos presidenciáveis na televisão (Band).

Texto
Eduardo Godoy

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Jornalismo da UEPG comemora 25 anos com eventos nacional e local

Começa na próxima segunda-feira, 9, a XIX Semana de Comunicação, SemanaCom, organizada pelo Departamento de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG. Integrado ao evento, acontece também, entre 12 e 14 de agosto, a I Jornada Beltraniana de Ciências da Comunicação, evento nacional para discussão sobre a importância de Luiz Beltrão para o jornalismo e que tem como tema os 50 anos de lançamento do livro “Iniciação à filosofia do Jornalismo.” Os dois eventos ocorrem no Grande Auditório do Campus Central da UEPG.

Segundo a chefe do Departamento, Karina Janz Woitowicz, a SemanaCom deste ano aborda os 25 anos do curso e a importância da formação profissional, “promovendo interação e oportunidade de conhecer outros profissionais, o mercado da comunicação e saber o que está sendo pensado e discutido”. Além das palestras, terá também café cultural, concursos, oficinas, atrações culturais, rádio ao vivo, mostra de documentários e exposição fotográfica.

A Jornada, de acordo com Woitowicz, é organizada pela UEPG e Cátedra Unesco de Comunicação e dá início a outras oito em comemoração ao centenário de nascimento, em 2018, de Luiz Beltrão, educador e pioneiro da pesquisa científica sobre os fenômenos comunicacionais nas universidades brasileiras. Estão confirmados palestrantes de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Paraná. Entre eles está Roberto Benjamin, que conviveu com Beltrão, e José Marques de Melo, que será homenageado pela sua trajetória na área e atuação no curso da UEPG.

O lançamento dos eventos será nesta quinta-feira, 5, no Hotel Planalto, à partir das 17h, e contará também com o lançamento do selo em comemoração ao aniversário do curso. No sábado, 14, será o Jantar Comemorativo dos 25 anos, no Bistrô Restaurante. Os eventos têm apoio da Agência de Jornalismo, Centro Acadêmico João do Rio, Fundação Araucária, Diário dos Campos, Heineken Brasil e Hotel Planalto. Mais informações pelos telefones (42) 3220-3361 ou (42) 3220-3389.

Texto:
Eduardo Godoy

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Cidade Joia



A maior cidade da mesorregião do Norte Pioneiro do Paraná (IBGE, 2009), Santo Antônio da Platina, começa sua história com a chegada de colonizadores desde 1880. Em 1901 cria-se o “Distrito de Paz no patrimônio Santo Antônio da Platina” do município de Nova Alcântara (atual Jacarezinho). Seu desmembramento e elevação a município acontece em 1924.

O nome, segundo o historiador Israel Pereira de Castro, é contestado por três famílias, porém os relatos são muito parecidos. A “Platina” provém, certamente, das águas claras que corriam próximo à serra da Pedra Branca – local de início do povoamento e, hoje, distrito da Platina – que poderia conter o minério ou brilhava muito quando o sol as refletia. Já o “Santo Antônio” é, segundo a família Pedreiros, originário do nome Antônio de quatro de seus integrantes: o sogro, a sogra, o pai e um primo. A família Messias afirma, porém, que a procedência é da devoção do povoador ao santo. Por fim, os Albanos não explicam a origem do início do nome, só o final.

A “Cidade Jóia”, como é conhecida, completa 96 anos de emancipação política e administrativa em 20 de agosto próximo, contando com 40.002 habitantes (IBGE, 2009). É cidade polo comercial e médico da região. No turismo, destaca-se o Morro do Bim com a imagem do Cristo Redentor no seu alto, antiga Estação Ferroviária da Platina e a Igreja Matriz. Entre as belezas naturais estão os ipês rosas e amarelos que colorem a Avenida Oliveira Motta, Calçadão Manuel Arrabaça Ribeirete e Praça Frei Cristóvão Capinzal, dentre outros pontos; o Morro da Cruz, serra Pedra Branca e Rio das Cinzas. Eventos importantes são a Efapi - Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial do Norte Pioneiro - e a época natalina, com o Natal Brilho Total e o espetáculo Natal de Luz. Na área jornalística, possui um jornal impresso diário (circulação de terça a sábado) e dois semanais, uma revista, duas rádios e três sites puramente noticiosos. Para a formação, conta com uma instituição de ensino privada que oferta o curso de Jornalismo.






Texto:
Eduardo Godoy

Fotos:
Eduardo Godoy

1 - Igreja Matriz/Paróquia Santo Antônio de Pádua
2 - Ipê amarelo na Avenida Oliveira Motta
3 - Arco-íris chegando na Igreja Matriz
4 - Morro do Bim

domingo, 1 de agosto de 2010

Pode mudar?

O logo da Copa do Mundo FIFA 2014 foi lançado há pouco tempo. Mesmo eu não gostando da Copa do Mundo (e de muitos aspectos do futebol), gosto de ver a arte gráfica das competições. A da África do Sul eu gostei. Já a do Brasil, achei estranha. Como o designer gráfico norte-americano Felix Sockwell contou à Flávia Perin, do UOL Esportes, a ideia é boa, já a execução é deficiente. Aqueles dedos parecem de alienígenas. A cor é opaca e feia. Aquele 2014 em vermelho no meio ficou estranho. Ou seja, não gostei. Pode contratar o Sockwell para mudar?



Alguns trechos da matéria:

Em tom bem-humorado, o diretor de arte – que acumula experiência em grandes agências de publicidade como DDB, The Richards Group e Ogilvy – mapeou os pontos críticos da marca oficial da Copa de 2014, que tantas polêmicas tem motivado desde que foi lançada. Para ele, a ideia parece “OK”, já a execução é gravemente deficiente e as proporções do troféu não foram corretamente elaboradas.

Sockwell afirma que esteticamente as mãos do desenho não parecem humanas, que mais lembram a forma de sapos. Além disso, ele argumenta que o fato de os dedos estarem grudados pode gerar problemas de impressão em tamanhos menores.

Sobre o “2014” inserido no logo, questiona: “Os números aqui? Por quê? E por que em vermelho?” Ele ressalta que seria melhor empregar apenas duas ou três cores, e não adicionar uma quarta. “O Brasil é verde, azul e amarelo. Tirem o vermelho.”

As graduações de cor (tons entre verde e amarelo no topo da taça) também são desnecessárias, na sua opinião: “Gradientes não produzem bem em uma cor, especialmente sobre pano, couro e superfícies ásperas. É melhor mantê-las [as tonalidades] simples.” Segundo o designer, quanto mais simples, mais se enfatiza o aspecto tridimensional.

Outra falha apontada pelo norte-americano se refere aos símbolos de “Registrada” e “Copyright” (identificados pelas letras R e C), que poderiam ser substituídos apenas por “Trademarked” (TM) em tamanho menor.



Matéria disponível em:
http://esporte.uol.com.br/futebol/copa-2014/ultimas-noticias/2010/07/30/designer-dos-eua-descreve-logo-da-copa-2014-como-um-pesadelo.jhtm

Espera-se a novidade

São Paulo, 14 de julho de 2010



Tarde fria e chuvosa, tempo característico da capital paulista. São Paulo é conhecida como a terra da garoa, não que essa antonomásia seja adequada contemporaneamente, caberia melhor terra dos temporais ou mais amplamente a terra que saturou.

A segunda maior cidade da América Latina tem um número de habitantes descomedido: 10.886.518. Estes algarismos se refletem na economia, sendo assim dona do décimo maior acúmulo econômico do mundo e que inevitavelmente tem resultados no seu sistema de transportes e moradia, constituindo cernes de discussões constantes, mas de soluções ainda não existentes.

A exposição de números sobre a capital econômica do país poderia tomar um espaço e tempo imensuráveis com a amostra de dados sobre a quantidade de água gasta por seus habitantes, a produção de lixo em São Paulo, o quanto deste lixo é reciclado e assim por diante. Porém não é este o objetivo deste texto. Tais informações poderiam ser facilmente obtidas em qualquer site de buscas ao alcance de alguns meros cliques.

Todavia, essa imensidão de dados é inerte se não for analisada de uma maneira minimamente crítica e menos elitista possível. É difícil imaginar como essa quantidade imensa de pessoas se locomove em uma cidade que não foi planejada para tanto, sem contar com os outros tantos indivíduos residentes nos municípios vizinhos - a urbe que forma a chamada área metropolitana - e se dirigem à capital para trabalhar, estudar ou fazer compras. Levando em conta isto, essa idealização fica cada vez mais distante e até certo ponto impossível; não que isso preocupe as autoridades responsáveis, que apenas colocam ‘panos quentes’ no assunto para a próxima gestão, concebendo assim uma discussão sem afinco e objetivo.

Esta constatação, que não é inédita obviamente, interessa muito mais ao proletariado do que à elite, pois esta tem meios para amenizar tal incômodo e não depende tanto do transporte público e outros serviços quanto a classe operária. Até aqui, nada de novo. A nata política não se empenha em resolver o problema de uma vez por todas e assim apenas o maquia temporariamente, enquanto a grande massa sofre com o descaso.



A inovação acontece quando a época de campanha eleitoral se aproxima e com ela os poucos representantes do poder saem de seus palacetes e se dirigem aos grandes conglomerados populacionais, transportados obviamente por seus carros de luxo, para pedirem, e muitas vezes comprarem, o voto dessas pessoas por quantias desprezíveis ou até mesmo por comida, remédios e até dentaduras.

Até aqui a novidade é periódica. A cada campanha eleitoral recomeça a atividade teatral dos candidatos - como também é periódico o ufanismo dos brasileiros, a cada quatro anos lá estão as bandeiras à mostra em todas as casas e lugares, acompanhadas de um patriotismo meramente futebolístico.

A novidade será realmente nova e inédita quando alguém enxergar um político usando o transporte público em São Paulo e sentindo-se satisfeito com isto, quando o paulistano não perder quatro horas por dia no trânsito e quando alguém, com poderes e vontade suficiente, finalmente se empenhar em resolver tal empecilho legitimamente metropolitano.

Texto:
Afonso Verner

Fotos:
1 - Glauco Araújo/G1
2 - Luiz Guarnieri/Futura Press