quarta-feira, 26 de maio de 2010

Uma moedinha, tio?


Três dias seguidos. Saio da padaria com meus três pães franceses na sacola e, sentado no degrau mais baixo da escada, um menino com roupas velhas e olhos tristes, clamando piedade. "Uma moedinha, tio?". Tenho medo, vergonha, tristeza. Só abaixo a cabeça e sigo. No primeiro dia parece-me normal. No segundo, me sinto incomodado comigo mesmo. No terceiro, resolvo: não vou dar dinheiro. Hoje, quando fui à padaria, como de costume no final da tarde, me lembrei do garoto quando a atendente me pergunta o que vou levar. "Quatro pães, por favor". E torço pra encontrar com ele novamente no mesmo local. Não há surpresa: o menino está lá com a mesma roupa, com os mesmos olhos e com a mesma abordagem. "Uma moedinha, tio?". Aquele foi o momento. Meu dia estava ganho. Meu coração palpitou e acho que fiz uma cara de bobo alegre. "Pode ser um pão?". Ele aceita na hora e seus olhos parecem que atravessam uma barreira. De um lado o garoto triste e com fome, do outro a alegria por ter ganhado um pão. Um pão.

Depois que abri a sacola e entreguei aquele simples alimento pra ele, só vi que jogou algo que mastigava para passar o tempo no chão e levou o pão à boca. Não deu tempo de ver se realmente o comeu. Uma ponta de curiosidade bateu pra voltar pelo outro lado da rua e ver se ele realmente estava comendo ou se tinha jogado fora. Logo passou. Não importa o que ele fez, a minha parte acho que foi feita. Nem olhei pra trás, apenas segui.

Quando vinha pra casa, fiquei pensando. Por que será que é tão difícil a gente olhar pra quem está ao nosso lado? Três pães custam em média 1 real. Cada pão custa aproximadamente 35 centavos! Os 35 centavos perdidos na carteira, encontrados na rua, esquecidos na mesa... mas são os 35 centavos que o garoto dos olhos tristes não têm. Parece ser tão mais fácil apenas abaixar a cabeça e não dar bola pra quem te chama, ou dizer que não tem. Eles sabem que, se temos dinheiro pra ir numa padaria (e essa não é uma padaria das mais baratas), temos 35 centavos para ajudá-los.

Aí vem alguém e me pergunta: mas por que não vão trabalhar ao invés de ficar pedindo dinheiro? Essa pessoa nunca deve ter passado em frente à Agência do Trabalhador às 7:30h e visto a fila imensa de trabalhadores desempregados à procura de uma chance. Os mesmos à cada manhã. Vagas chegam a sobrar, mas pedem experiência, escolaridade, cursos, referências... Que chance vão ter as pessoas que não tem o cuidado e a atenção do poder público? Aquele garoto pode não ter um leque de informações que o ajude a entender que a escola é (ou deveria ser) essencial para sua vida.

Aquele pão pode não fazer a mínima diferença pra ele. Talvez ele esteja pedindo dinheiro para outras coisas e aceitou o pão só pra disfarçar. Ou não, ele pode realmente estar com fome e depender daquele alimento. Nada disso eu sei. Mas amanhã comprarei quatro pães novamente.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sonho

O Teatro Mágico

Nem toda palavra é
Aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz
Avião parece passarinho
Que não sabe bater asa
Passarinho voando longe
Parece borboleta que fugiu de casa
Borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar
Flor parece a gente
Pois somos semente do que ainda virá
A gente parece formiga
Lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração
A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão as vezes é doce
Mais as vezes não é doce não

Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Ah... e o mundo é perfeito!
Hum...e o mundo é perfeito!
E o mundo é perfeito!

Eu não pareço meu pai
Nem pareço com meu irmão
Sei que toda mãe é santa
Mas a incerteza traz inspiração
Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso
Tem sorriso que parece choro
Tem choro que é pura alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia
Tem motivo pra viver de novo
Tem o novo que quer ter motivo
Tem aquele que parece feio
Mas o coração nos diz que é o mais bonito
Descobrir o verdadeiro sentido das coisas
É querer saber demais
Querer saber demais

Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Mas o sonho
Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Ah e o mundo é perfeito!
Mas o mundo é perfeito!
O mundo é perfeito!

A eleição é logo ali


A campanha eleitoral já começou, mesmo ainda não reconhecida e aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No Paraná, a indecisão de partidos como PDT, PMDB e PT não impede que outros candidados já corram atrás de eleitores e, principalmente, aliados políticos. A visibilidade na mídia já está sendo alcançada por um dos principais (pré) candidatos: o peessedebista Beto Richa. Ex-prefeito de Curitiba por dois mandatos, o tucano já tenta angariar o apoio de lideranças por todo o Paraná. Mas não só de seu reduto eleitoral ele se vale, mas de onde nunca aparecia também. Até pelo Norte Pioneiro, que a população só conhecia o lado sulista e isolado de Richa, ele já passou. Beto está tentando correr antes de seus adversários para que a veiculação de seu nome seja tida como a principal e que os eleitores acreditem que sua candidatura não seja do tipo "paraquedas". Espera-se que eles não acreditem nesta falácia. Dentre as suas justificativas para ocupar a cadeira estofada que Requião usou durante pouco mais de sete anos, está o "ótimo" mandato na capital. Porém, cabe aos curitibanos essa avaliação. O "resto" dos paranaenses quer ver as propostas para o estado como um todo, não só para a cidade sede do Governo Estadual.

Já o atual governador do Paraná, o peemedebista Orlando Pessuti, não sabe se vai ou se não vai. Se fosse só por sua vontade, já tinha até jingle, santinhos e tudo o que tem direito. Mas o partido ainda está indeciso. Apesar disso, Pessutão já faz uma campanha disfarçada. Está promovendo a interiorização do Governo, onde, a cada duas semanas, uma cidade polo recebe a Escola de Governo, secretariado, órgãos estaduais, políticos, bajuladores, imprensa e demais. Em Ponta Grossa - a primeira cidade a receber o projeto - o circo foi armado no campus central da UEPG. A transmissão ao vivo pela TV Paraná Educativa mostrou tudo isso ao Paraná inteiro. Além disso, Orlando também mexeu seus pauzinhos para que o Estado conseguisse o fim da multa pela venda do Banestado e acrescentou no discurso a união que ele mobilizou com políticos de outros partidos e ideologias. "Tudo a favor do Paraná". Para finalizar, o peemedebista tem seu rosto e seu nome estampado pelos quatro cantos do estado em outdoors. Agradecimento a Requião e apoio a Pessuti.

A indecisão maior fica por conta de Osmar Dias (PDT). Seu partido ainda não decidiu se faz coligação com um ou com outro. A novela está sendo relatada dia-a-dia pelo blog Tô-deolho (link ao lado) e parece que nunca vai terminar. A indecisão pode afetar a campanha do defensor da agricultura paranaense que foi derrotado por Requião no último pleito. Dias já demorou demais para decidir se vai ou se fica. Ele quer ir, mas não sabe com quem. Troca de parceiro a cada amanhecer e pode ficar com a vassoura no final da dança.

Outro que não se decide é o PT. O nome de Gleisi Hoffman se fortaleceu durante a última eleição, que fez com que os petistas a indicassem para concorrer ao Senado. Mas eles não veem que o nome é forte para disputar a chefia do Palácio Iguaçu (que deve ser entregue até novembro deste ano após reforma). Os paranaenses quase a elegeram senadora em 2006. Só não foi possível graças a uma campanha forte e contínua de Álvaro Dias, que abocanhou a vaga. Porém, Gleisi conseguiu se mostrar para o Paraná, com aura de administradora forte e ao mesmo tempo "simpática" frente à Itaipu (talvez a imagem perfeita que Dilma Rouseff deseja para ela).

Com certeza teremos, novamente, candidatos de pequenos partidos que querem se mostrar aos paranaenses, mesmo com chances remotas de eleição. Isso é normal de todos os pleitos e não deve ser desprezada a sua importância. Afinal, foi assim que muitos políticos, hoje importantes, começaram.

Resta esperar as convenções dos partidos para que os pré-candidatos se tornem cadidatos efetivos. Para por enquanto ficamos com especulações e analisando desde cedo a postura dos possíveis "chefes do poder". Políticos não se fazem de uma hora pra outra.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Ficha Limpa: exemplo de democracia

A Câmara dos Deputados aprovou a Ficha Limpa! Esta é uma vitória incrível para nós e todos os brasileiros. Obrigado a todos que ajudaram a fazer este grande dia se materializar!

Quando a Ficha Limpa foi apresentada, muitos acreditavam que ela nunca iria passar. Até o presidente da Câmara, Michel Temer, disse diversas vezes que não acreditava que existia apoio político o suficiente para aprovar o projeto de lei.

No entanto, eles não esperavam a maior campanha online na história do Brasil. Com milhões de assinaturas, milhares de mensagens enviadas e de ligações feitas - nós tornamos o impossível possível, tomando controle de nossa democracia. Nós trouxemos de volta o poder político para as mãos da população.

E só estamos começando. Meio milhão de brasileiros estão recebendo este alerta. Juntos podemos nos tornar uma grande força para gerar mudanças políticas e sociais em nosso país e no mundo.

A Ficha Limpa ainda não é lei. Ela ainda precisa passar pelo senado e depois receber a sanção presidencial- talvez vamos precisar agir novamente nas próximas semanas, mantendo a pressão para garantir que a Ficha Limpa não seja enfraquecida ou mudada.

Mais de 550.000 pessoas se mobilizaram através da Avaaz. Nós nos tornamos a maior rede virtual de engajamento político na história do Brasil, e parte do maior movimento global online do mundo.

Nós vimos que trabalhando junto nosso poder é fenomenal - juntos nós podemos começar a construir o Brasil, e o mundo, com que sonhamos.


Fonte: Avaaz.org (e-mail recebido por quem se cadastrou e votou a favor do projeto Ficha Limpa)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Fidelidade!



Essa eu precisava postar! Do blog do Fabiano Proença. Está ali do lado o endereço ->

Outras vidas: teatro



O refúgio. Onde podemos ser quem quisermos, mostrando sempre a dualidade que faz a roda-viva que é nossa vida girar: a vida e a morte, o começo e o fim, o branco e o preto, o bem e o mal, o bom e o mau, o sim e o não. Pois no teatro, tudo pode acontecer. Todos podemos acontecer. Independente de quem sejamos, podemos ser o que não somos. Vemos a vida de outro modo. Vemos a vida pelos olhos de um menino, de um herói, de um vilão, de uma sombra no meio da vida corrida das pessoas, de um animal. Podemos iluminar um espetáculo, como uma mãe que permite que seu filho veja a luz do mundo pela primeira vez. Podemos musicalizar um espetáculo, como um pássaro que a gente ouve nos nossos melhores ou piores dias. Podemos errar, errar e errar. Sem medo, pois no próximo espetáculo teremos aprendido com o erro. É no teatro que mostramos a alegria do circo, a esperança de uma criança, o renascimento após uma guerra, enfim, mostramos ao público a vida, e, principalmente, aprendemos sobre este mistério inexplicável.

P.S.: Saudades das manhãs de domingo de Cia de Teatro Donalou. E d'Os Sombras.

Tributo a um amigo



César Crespo. Nome de grande importância para a Cidade Joia. Nome de grande importância para a cultura platinense. Nome de grande importância para a história da cidade. Mas, acima de tudo, nome de grande importância para quem convivia ou simplesmente já teve o prazer de uma conversa com ele.

Pai exemplar, avô exemplar, esposo exemplar, cristão exemplar, amigo exemplar, cidadão exemplar. Uma pessoa que viciava seus amigos com sua alegria, seu bom-humor e sua vivacidade. Foi difícil dizer o “até breve” pela última vez aqui.

Um dos idealizadores do Natal de Luz e grande incentivador, não será esquecido nunca. Sempre veremos sua imagem ali na frente filmando todos os detalhes da apresentação, ou nos corredores do prédio conversando. Como cristão, teve sua vida dedicada ao Pai e soube transmitir o amor por Ele ensinado a seus irmãos. Para quem não vive na cidade platinense, apenas uma padaria. Mas, para seus moradores, referencial do setor e ponto de encontro de amigos. Pode ter a certeza de que seu grande acervo de fotografias e vídeos de Santo Antônio da Platina é de valor inestimável para a história deste município. Muitos ainda terão a oportunidade de conhecer a vida platinense de anos e anos atrás graças à sua dedicação e paixão pela imagem. Resta aos platinenses agradecer pelo legado cultural e histórico deixado por César.

Porém, o que mais fará falta será o lado amigo e familiar deste grande homem, não no tamanho físico, mas sim no de seu coração. A dor pela partida é inevitável, entretanto a lembrança dos momentos não passará. O reencontro um dia é a esperança de muitos aqui. E também a certeza. Sua luta, sua garra e seu determinismo emocionaram quem o conhecia. Talvez essa sua certeza e esperança de que tudo iria dar certo tenha sido o motivo do choque pela notícia no último final de semana. Porém, Ele quis este anjo mais perto d’Ele. Não sei se é egoísmo meu querer que o amigo viva para sempre aqui na Terra, mas era o meu desejo. E creio que o desejo de tantos outros que o conhecia.

À família, desejo força neste momento difícil. Contudo, acredito que ele não gostaria de vê-los tristes. Sei que a lembrança daquele sorriso viverá para sempre na memória de seus amigos. Obrigado César por ter sido quem foi!

sábado, 1 de maio de 2010

Um mundo novo

Primeiro ato
Há 120 dias começava mais um novo ano. 2010 prometia ser bem diferente. Mas nem tanto como está sendo. Eu continuaria a trabalhar na Tribuna Platinense, tinha projetos de trabalhar em rádio, de uma Agência de Jornalismo, de continuar fazendo free lance. Iria cursar Jornalismo na Fanorpi e continuaria a morar com meus pais, na minha cidade, com as minhas pessoas a minha volta. Eis que numa jogada esperta do destino tudo vira de cabeça pra baixo. Numa manhã de sexta-feira tranquila, jornal entregue, programando o final de semana com amigos em Carlópolis, descubro que não mais poderei estudar na Fanorpi.


Segundo ato
A decisão é imediata: vou para Ponta Grossa. Não tinha outra alternativa. Mas a matrícula é na segunda-feira de manhã e não tenho nenhum dos documentos exigidos. E agora? Vamos correr! No final, depois de inúmeras dificuldades (xerox quebradoS, cartório cheio, histórico errado, secretária de férias etc) conseguimos tudo. Mas nem eu, nem meu pai, nem minha mãe nunca fomos a Ponta Grossa, não conhecemos nada lá. Google Maps e fé em Deus!!! Mais uma vez, tudo certo. Mas não tenho lugar pra morar em Ponta Grossa. Vamos passar o dia todo andando (completamente perdidos) pela cidade pra achar uma casa/kitinete/apartamento. E, para finalizar, tudo certo.


Terceiro ato
Agora é se despedir das pessoas, aproveitar os últimos dias na Cidade Joia, preparar a mudança e ir. Ir conhecer novas pessoas, novos modos de ver o mundo, nova cidade, nova forma de viver. Tudo começaria novamente. Só que agora sem a proteção das duas pessoas mais importantes na minha vida: meus pais. Mais de 17 anos com eles ali ao meu lado todos os dias, aconselhando, protegendo, brigando, amando! E agora? Como vai ser? O que vou encontrar? E se não der certo? Será que vou conseguir? É triste ter que dar tchau pra tanta gente, ver meus avós chorarem, acompanhar todos os traços da sua cidade a cada quarteirão em direção à rodovia que te leva pra outro mundo. Tentei ver e ouvir tudo com mais atenção e guardar dentro de mim pra poder me lembrar quando estiver longe. Meu quarto, minha casa, a vila, a Igreja Matriz, a praça, o Centro, o Calçadão novo e feio, a lembrança do Calçadão bossa-nova, a casa antiga dos meus avós, o Morro do Bim e o Cristo lá em cima, as casas, as lojas, a placa da entrada da cidade. E chega a estrada. Longa e triste estrada. A sensação de solidão já chegou, mesmo ainda acompanhado dos meus pais. As lágrimas chegam também, mas não caem. Não podem cair ali, do lado dos meus herois. Silêncio.


Quarto ato
Chegamos na nova cidade velha. Tirar todas as coisas do carro dá trabalho. E arrumar tudo em casa então? Nem me fale! Tento deixar tudo meio prático, mas organizado. "Meu jeito" está presente na arrumação. Pronto, acho que terminamos né. Chegou a hora? Mas já? Fiquem mais um pouco, tá cedo ainda! Não dá? Está bem, entendo. Tchau. Cuida da mãe. Cuida do pai. Vou ficar bem. Obrigado por tudo. Amo vocês!


Quinto ato
Quanta gente nova!!! Ponta Grossa, Curitiba, Foz do Iguaçu, Mafra, Telêmaco Borba, Cascavel, Castro, São Paulo, Ibaiti, Lapa, Caçador, Apucarana, Irati, Ivaí... Que animação! "Jornalismo é tudo. E tudo ao mesmo tempo é nada". Ahn?! Na primeira aula já começamos bem. O professor já assustando a muitos com suas teses do que é e do que não é jornalismo. Apresentação, o que viríamos no curso, recomendações, instruções sobre a Universidade etc. O difícil no início é saber com quem conversar, onde ir, o que fazer. E aí vem o trote. De manhã na sala, com apresentação e um mico básico. À tarde, no bar. Sem comentários. Próximooo...


Sexto ato
E os dias passam. E a gente conhece as pessoas. E a cidade vai parecendo menos complicada. Mas eu percebo que tem que limpar a casa, a roupa não vai ser lavada por ninguém, o lixo não vai lá fora sozinho, a louça não se lava automaticamente. Acho que a vida começou! Agora tudo depende de mim (a não ser quando minha mãe tem que depositar dinheiro no banco né). Já achei meu grupo, meus novos amigos. E como são legais! Passo o dia rindo com eles, me divertindo. Nas aulas, nos intervalos, no R.U., no MSN, nas horas vagas... Pelo jeito esses quatro anos serão inesquecíveis. E o Jornalismo me fascina a cada dia. Visita à RPC, aulas sensacionais de foto (as práticas, claro!), Escola de Governo, Episódio Zeca. Até os inúmero textos me encantam (exceto os de Teorias da Comunicação e Sociologia da Comunicação). E as aulas? Debates acalorados, conhecimentos inesperados, episódios engraçados, olhos amarrados, professores aloprados alunos amontoados, todos rimados (há!). A diversidade mostra sua face e surgem as fofocas, os preconceitos, os pré conceitos, as "discussões". E a vida acadêmica fora de casa segue, um dia após o outro prometendo ser inesquecível, porém as dificuldades que apareceram desde o início não vão acabar. Já voltei algumas vezes pra casa e vi que o cotidiano da minha amada cidadezinha do interior continua, mas parece não ser a mesma de dois meses atrás. Agora faço turismo lá, visito meus pais, meus amigos, hospedo na casa que vivi por 17 anos. Escrevendo agora sinto uma saudade imensa de SAP. Mas, como disse o Jean em seu blog, se volto pra minha cidade, "ao esconder da segunda lua provavelmente estarei louco de saudades da minha liberdade pontagrossense".

Sétimo ato
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