segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Palavras





Alô criançada, o bozo chegou!!!
Pronto, momento animação acabou. Vamos falar de coisa séria. Tá, nem tão séria assim, mas muito importante. Na minha vida sim. LIVROS!

Ontem estava pensando sobre o que iria escrever. Aí fiquei observando meus livros. E resolvi falar sobre eles. Uma peça fundamental em minha passagem por esse mundo. Realmente, eu gosto muito de ler, e não economizo com eles. Tenho sempre um por perto, porque em momentos que não tenho nada para fazer pego-o e saboreio (ta certo "pego-o" e "saboreio"? acho que não né?). Gosto de romances e crônicas. Ah, crônicas! Como é bom!

Estou lendo Conversas na sala de visitas, do cronista Cardoso Filho. Platinense que mora em Curitiba e colabora semanalmente com a Tribuna Platinense. Ele reuniu 102 de suas crônicas publicadas neste jornal e editou o livro. Muito bons seus escritos. Relembra várias passagens de Santo Antônio da Platina das décadas de 1950, 60, e intercala com situações atuais. Além de conhecer um pouco sobre minha cidade de antigamente, também sou levado a pensar sobre fatos atuais.

Um dos livros que mais gostei foi Leite Derramado, de Chico Buarque. Já li algumas críticas sobre o livro, a maioria falando mal. Diziam que Buarque não deveria ter visitado o mundo da literatura e sim continuado com sua música. Mas eu acho o contrário. Chico, além de suas belas canções, se deu muito bem no campo literário. O livro conta as reminiscências de um senhor que está no leito de um hospital. Este senhor, que é o narrador-protagonista, fica se lembrando de diversas passagens de sua vida, desde a infância até as atualidades. Conta também sobre seu pai, seus avós, bisavós, e lembra de suas raízes familiares com orgulho. Durante suas lembranças, o protagonista conta várias vezes a mesma coisa, como se estivesse realmente contando a alguém. Algumas vezes o leitor é levado a acreditar que ele conversa com alguém, pois cita sempre sua enfermeira e diz para que ela anote tudo. Chico Buarque consegue nos levar a refletir sobre nossa existência, sobre a velhice, o abandono, os problemas atuais. E o melhor: sempre com a maestria de um grande escritor, que consegue segurar o leitor e o instiga a ler sempre mais. Quando o livro vai chegando às últimas páginas, não queremos que acabe. Bom, pela descrição acho que já dá para perceber como o livro é bom, não é? Recomendo!

Outro gosto que tenho são as crônicas. Luís Fernando Veríssimo com certeza é o mestre neste tipo de narrativa. Este ano já li uns quatro ou cinco livros de crônicas. Todos muito bons. Por ser uma narrativa curta, muitas vezes com humor, e tratando principalmente de assuntos atuais, faz com que se torne um prazer lê-la. Elas nos abrem um leque com pequenas histórias, mas com personagens marcantes.

Eu tenho bastante ciúmes dos meus livros. Emprestar? Só para pessoas de confiança. Parece que são como filhos. E outra: eu gosto de comprá-los. Não gosto de emprestar, ler e devolver. Sei lá. Mania.

Bom, por hoje é só.
Para o próximo post estou preparando algo bem legal, mas surpresa.
Talvez amanhã esteja aqui.

Até mais!

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