quarta-feira, 12 de maio de 2010

Outras vidas: teatro



O refúgio. Onde podemos ser quem quisermos, mostrando sempre a dualidade que faz a roda-viva que é nossa vida girar: a vida e a morte, o começo e o fim, o branco e o preto, o bem e o mal, o bom e o mau, o sim e o não. Pois no teatro, tudo pode acontecer. Todos podemos acontecer. Independente de quem sejamos, podemos ser o que não somos. Vemos a vida de outro modo. Vemos a vida pelos olhos de um menino, de um herói, de um vilão, de uma sombra no meio da vida corrida das pessoas, de um animal. Podemos iluminar um espetáculo, como uma mãe que permite que seu filho veja a luz do mundo pela primeira vez. Podemos musicalizar um espetáculo, como um pássaro que a gente ouve nos nossos melhores ou piores dias. Podemos errar, errar e errar. Sem medo, pois no próximo espetáculo teremos aprendido com o erro. É no teatro que mostramos a alegria do circo, a esperança de uma criança, o renascimento após uma guerra, enfim, mostramos ao público a vida, e, principalmente, aprendemos sobre este mistério inexplicável.

P.S.: Saudades das manhãs de domingo de Cia de Teatro Donalou. E d'Os Sombras.

Um comentário:

donalou disse...

eduardo ,que lindo texto. O ano que vem me aposento e vou fazer o que gosto e você sabe o que é .Talvez comece com criancinhas e crie um novo grupo.
Fiquei lisonjeada e animada a ver sua foto e ler suas palavras .
votos de sucesso ...