sexta-feira, 14 de maio de 2010

A eleição é logo ali


A campanha eleitoral já começou, mesmo ainda não reconhecida e aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No Paraná, a indecisão de partidos como PDT, PMDB e PT não impede que outros candidados já corram atrás de eleitores e, principalmente, aliados políticos. A visibilidade na mídia já está sendo alcançada por um dos principais (pré) candidatos: o peessedebista Beto Richa. Ex-prefeito de Curitiba por dois mandatos, o tucano já tenta angariar o apoio de lideranças por todo o Paraná. Mas não só de seu reduto eleitoral ele se vale, mas de onde nunca aparecia também. Até pelo Norte Pioneiro, que a população só conhecia o lado sulista e isolado de Richa, ele já passou. Beto está tentando correr antes de seus adversários para que a veiculação de seu nome seja tida como a principal e que os eleitores acreditem que sua candidatura não seja do tipo "paraquedas". Espera-se que eles não acreditem nesta falácia. Dentre as suas justificativas para ocupar a cadeira estofada que Requião usou durante pouco mais de sete anos, está o "ótimo" mandato na capital. Porém, cabe aos curitibanos essa avaliação. O "resto" dos paranaenses quer ver as propostas para o estado como um todo, não só para a cidade sede do Governo Estadual.

Já o atual governador do Paraná, o peemedebista Orlando Pessuti, não sabe se vai ou se não vai. Se fosse só por sua vontade, já tinha até jingle, santinhos e tudo o que tem direito. Mas o partido ainda está indeciso. Apesar disso, Pessutão já faz uma campanha disfarçada. Está promovendo a interiorização do Governo, onde, a cada duas semanas, uma cidade polo recebe a Escola de Governo, secretariado, órgãos estaduais, políticos, bajuladores, imprensa e demais. Em Ponta Grossa - a primeira cidade a receber o projeto - o circo foi armado no campus central da UEPG. A transmissão ao vivo pela TV Paraná Educativa mostrou tudo isso ao Paraná inteiro. Além disso, Orlando também mexeu seus pauzinhos para que o Estado conseguisse o fim da multa pela venda do Banestado e acrescentou no discurso a união que ele mobilizou com políticos de outros partidos e ideologias. "Tudo a favor do Paraná". Para finalizar, o peemedebista tem seu rosto e seu nome estampado pelos quatro cantos do estado em outdoors. Agradecimento a Requião e apoio a Pessuti.

A indecisão maior fica por conta de Osmar Dias (PDT). Seu partido ainda não decidiu se faz coligação com um ou com outro. A novela está sendo relatada dia-a-dia pelo blog Tô-deolho (link ao lado) e parece que nunca vai terminar. A indecisão pode afetar a campanha do defensor da agricultura paranaense que foi derrotado por Requião no último pleito. Dias já demorou demais para decidir se vai ou se fica. Ele quer ir, mas não sabe com quem. Troca de parceiro a cada amanhecer e pode ficar com a vassoura no final da dança.

Outro que não se decide é o PT. O nome de Gleisi Hoffman se fortaleceu durante a última eleição, que fez com que os petistas a indicassem para concorrer ao Senado. Mas eles não veem que o nome é forte para disputar a chefia do Palácio Iguaçu (que deve ser entregue até novembro deste ano após reforma). Os paranaenses quase a elegeram senadora em 2006. Só não foi possível graças a uma campanha forte e contínua de Álvaro Dias, que abocanhou a vaga. Porém, Gleisi conseguiu se mostrar para o Paraná, com aura de administradora forte e ao mesmo tempo "simpática" frente à Itaipu (talvez a imagem perfeita que Dilma Rouseff deseja para ela).

Com certeza teremos, novamente, candidatos de pequenos partidos que querem se mostrar aos paranaenses, mesmo com chances remotas de eleição. Isso é normal de todos os pleitos e não deve ser desprezada a sua importância. Afinal, foi assim que muitos políticos, hoje importantes, começaram.

Resta esperar as convenções dos partidos para que os pré-candidatos se tornem cadidatos efetivos. Para por enquanto ficamos com especulações e analisando desde cedo a postura dos possíveis "chefes do poder". Políticos não se fazem de uma hora pra outra.

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